Todo o Mundo é um palco
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quinta-feira, novembro 28, 2013
terça-feira, março 27, 2012
MENSAGEM DO DIA MUNDIAL DO TEATRO 2012
O ITI – International Theatre Institute UNESCO, honrou-me ao convidar-me para redigir a mensagem comemorativa do 50º aniversário do Dia Mundial do Teatro.
Vou dirigir estas breves palavras aos meus companheiros do teatro, colegas e amigos.Que o vosso trabalho seja convincente e genuíno.
Que seja profundo, tocante, comunicativo e incomparável.
Que nos ajude a refletir sobre a questão do que significa ser humano e que essa reflexão seja conduzida pelo coração, pela sinceridade e pela bondade.
Que superem a adversidade, a censura e a escassez algo que, na verdade, muitos de vocês são forçados a confrontar.
Que sejam abençoados com talento e rigor necessários para ensinarem, em toda a sua complexidade, as causas pelas quais deve bater o coração Humano, tendo em conta a humildade e a curiosidade para fazer dessa tarefa a obra da vossa vida.
E que seja o vosso melhor – porque o melhor que derem, mesmo assim, só acontecerá nos momentos únicos e efémeros – Em consonância com a pergunta mais elementar de todas:
“Porque vivemos?”
Merda!!!
John Malkovich
Tradução – Rafael Amaral VergamotaPresidente da Federação Portuguesa de Teatro (adaptado)
segunda-feira, fevereiro 27, 2012
MENSAGEM AMASPORTO 2012
segunda-feira, janeiro 09, 2012
FESTIVAL CALE-SE 6
A edição de 2012, enquadrada no âmbito do 26º aniversário do Cale Estúdio Teatro, vai decorrer aos sábados até 24 de Março, nas instalações da Associação Recreativa de Canidelo (Rua do Meiral, 51 – junto ao cruzamento dos 4 Caminhos), em Vila Nova de Gaia.
Os espectáculos iniciam às 22 horas.
O festival visa a participação de grupos de teatro não profissionais, numa estrutura de oito espectáculos a concurso, que vão disputar os "Prémios CALE", atribuídos por um júri e também pelo público e que distinguem as melhores prestações nas várias áreas a concurso, como Interpretação, Encenação, Cenografia, Figurinos, Luz e Som.
Para mais informações e/ou reservas, queiram por favor contactar através de e-mail ou dos telefones 911062216 ou 963697254.
terça-feira, junho 21, 2011
APENIQUEIRA
quinta-feira, junho 09, 2011
Homenagem a JOEL
Helena Peixoto
domingo, maio 15, 2011
30ª Edição do Fazer a Festa - Festival Internacional de Teatro / EVOCAÇÃO
Várias são as razões:
os cortes nos apoios do Ministério da Cultura e a sua insensibilidade ao longo destes últimos anos para com a situação particular deste Festival Internacional.
A sucessiva deterioração das condições financeiras que o Festival vem acumulando ao longo das últimas edições.
A atitude hostil da Câmara Municipal do Porto que, além de não o apoiar financeiramente, deixou de disponibilizar o Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett para a sua realização e, este ano, ainda nem respondeu ao nosso pedido (o primeiro feito a 6 Dezembro 2010) de autorizar a utilização dos Jardins do Palácio de Cristal...
Todavia, ainda achamos que este Festival não deve acabar: o número de espectadores que a ele acorrem anualmente, a disponibilidade das companhias nacionais e estrangeiras que sempre aceitam a sua participação de forma entusiástica e todo o seu longo historial e referentes artísticos continuam a dar-nos alento para não desistir.
Entendemos que estes trinta anos devem ser lembrados e festejados como uma edição evocativa
que permita ser, ao mesmo tempo, um momento de festa e de parabéns por todos quantos contribuíram para que o FAZER A FESTA tivesse tão longa vida, mas também um compasso de espera, um momento de reflexão para o repensar e encetar novos caminhos que permitam que o Festival se renove e continue a ser um marco incontornável da vida teatral...
Assim o “FAZER A FESTA” de 2011, na sua 30ª edição, será a sua própria evocação, ocupando o espaço público da cidade do Porto com intervenções artísticas em lugares icónicos do burgo, festejando e questionando o seu lugar na vida cultural e social portuense e apelando à participação de todos quantos tornaram possível esta realidade com trinta anos, três vezes mais os que gastou Homero no seu regresso a Ítaca, depois da guerra de Tróia.
As intervenções artísticas serão concretizadas pelos elementos e colaboradores habituais da companhia e por todos aqueles artistas, companhias, amigos e espectadores que já passaram pelo Festival e todos as demais companhias e artistas teatrais portugueses que se queiram associar a esta edição evocativa, que acontecerá entre os dias 14 a 17 Junho 2011.
Relembramos as fases principais porque passou o Festival ou, aproveitando o mote, dar um passo no passado e outro no futuro.
José Leitão (director artístico do Festival)
Na Primavera de 1982 organizámos a 1ª edição do “FAZER A FESTA - FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO”.
A partir dessa data, anual e ininterruptamente, este Festival (o terceiro mais antigo Festival Internacional de Teatro que se organiza em Portugal e que, durante muitos anos, foi o único que dedicava a maior fatia da sua programação ao Teatro para a Infância e Juventude) foi cumprindo os seus objectivos bem como outros entretanto introduzidos, acompanhando a evolução teatral da cidade do Porto.
Relembrar alguns aspectos da sua história constitui um acto de resgate do olvido a que geralmente se vota a alguns aspectos da actividade teatral que, dada a sua efemeridade, facilmente se esquece se deles se não der notícia...
Ora, como sem memória não existe conhecimento e sem este não existe criatividade, o futuro alicerça-se também neste passar de testemunho dos que fizeram para os que vão fazer, ou melhor dizendo, nós não somos o princípio da história, ela já existia quando aqui chegamos e só se aprende sabendo...
de 1982 a l991 (da 1ª à 10ª edição): O Teatro à procura da Cidade ou aprendendo a andar, caminhando...
São anos de intensa actividade, aprendizagem, contactos e intercâmbios que nos permitem conhecer e ser aceites na comunidade teatral da cidade e do país. Lembre-se que a cidade do Porto só tem a 1ª edição doutro Festival Internacional de Teatro (o de Marionetas) em 1989, o Teatro Municipal Rivoli ainda não tinha programação, e o T.N. São João, como Teatro Nacional, só começaria e funcionar desde l984. Não havia na cidade salas de acolhimento de outras companhias e só nos dois festivais existentes (FITEI e FAZER A FESTA) se podia ver grupos de fora do Porto e do estrangeiro.
Em toda esta década o núcleo principal da programação do Fazer a Festa esteve sediado no Salão da Junta de Freguesia do Bonfim, que apoiou entusiasticamente o Festival até 1991.
de 1992 a 2002 (da 11ª à 21ª edição): A Cidade encontra o Teatro... Há Festa na Aldeia !
É nestes dez anos que o FAZER A FESTA dá o salto e se consolida como Festival de referência a nível nacional, principalmente porque passa a maior parte da sua programação para os jardins do Palácio de Cristal.
Os espectáculos são apresentados em tendas especialmente montados nos jardins e aproveitam-se outras estruturas edificadas no local. A programação vai desde as 10h da manhã até à madrugada, com espectáculos diurnos para a infância e escolas e aos fins de semana e espectáculos para a juventude e adultos às 21h30, às 23h30 e mesmo à 01h00 da madrugada... durante dez dias seguidos !
Começa-se a construir-se uma “Aldeia Teatral”: públicos e artistas partilham o mesmo restaurante e o bar, convertendo estes espaços em local de amena cavaqueira, conhecimento, aproximação e discussão entre os que fazem e os que viam os espectáculos.
Várias companhias nacionais já prestigiadas aceitam apresentar e mesmo estrear alguns espectáculos nestes espaços não convencionais e há momentos de intensa partilha teatral e artística entre todos os intervenientes. Companhias emergentes e projectos em nascimento apresentam-se no Festival e as companhias da chamada “província” encontram no Porto um espaço de apresentação dos seus espectáculos. Descobre-se que o País teatral não é só Lisboa e Porto...
Em 2001, a 20ª edição do Festival corresponde ao ano em que o Porto é capital europeia da Cultura e é inserida na sua programação. É neste ano que, pela primeira e única vez, é visitado por um Ministro da Cultura !
De notar que, em todas as suas edições nunca nenhum presidente das Direcções Gerais que o Ministério “inventa” ano sim ano não, nenhum secretário de estado da Cultura e nem mesmo qualquer Presidente de Câmara do Porto “ousaram” assistir ao Teatro nas tendas em que o Festival se realizava ! Talvez porque o FAZER A FESTA nunca teve gala de abertura, começando desde logo com Teatro... mas seria interessante saber quantos espectadores foram então conquistados para o Teatro por assistirem a este Festival !
de 2003 a 2011 (da 22ª à 30ª edição ?): O Teatro deixa a cidade...e o deserto aqui tão perto !
É a partir desta data que o Festival começa a sentir muitas dificuldades em se realizar.
Os apoios estatais não aumentam e o orçamento do Festival está englobado na actividade da companhia, não tendo contas autónomas. A Câmara Municipal com o novo executivo começa a hostilizar a cultura e o teatro e descem drasticamente os seus apoios numa primeira fase, para mais tarde acabarem com os mesmos.
Segue-se depois um tempo (2006) em que para obter apoio camarário é necessário assinar uma cláusula, comprometendo-se a companhia a não criticar a política cultural da edilidade. Quem não assina, não recebe apoio financeiro. Não assinamos: corte total do apoio financeiro.... que continua até hoje, 2011.
Esta última década tem sido penosa para a organização do Fazer a Festa e a sua programação tem andado “perdida” porque os apoios escassearam e o orçamento que o Teatro Art’ Imagem dispõe para o Festival não permite organizá-lo como achamos que merece. Tem sido a persistência da estrutura da nossa companhia e o apoio que tem vindo a ter de outras companhias de teatro portuguesas e também de algumas galegas, a única maneira encontrada para não acabar, esperando que melhores dias nos cheguem.
Olhando o futuro do Festival com muita apreensão mas não baixando os braços,
tudo faremos para que ele continue, se renove e encontre outros caminhos, colaborações e apoios !
( in página do facebook Art'imagem Teatro )
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