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quinta-feira, outubro 30, 2008

"Estados eróticos imediatos.." Mais uma encenação de Roberto Merino

"Estados eróticos imediatos de Sören Kierkegaard”, de Agustina Bessa-Luís, estreou no Teatro do Campo Alegre, no Porto. Uma história que cruza o protagonista, o filósofo dinamarquês Sören, com o rei D. João.

A peça, da companhia Seiva Trupe e que vai estar em cena até 31 de Outubro (amanhã), desenrola-se em Copenhaga, capital da Dinamarca, durante o século XIX. Roberto Merino, professor na ESAP, encenador, define a peça como um “encontro fictício entre D. João e Sören”. O rei de Portugal descobre a obra do filósofo por mero acaso e coloca-a em questão. No entanto, o tema central da peça é uma das fases mais marcantes da vida de Sören - o seu amor, entrega e renúncia da sua amada Regina Olsen.

“É um excelente exercício de diálogo teatral, mas, ao mesmo tempo, um desafio conseguido”, disse Roberto Merino. O encenador confessou mesmo ter tido algumas dificuldades na transposição do texto para a acção. “A Agustina é romancista e não tem todas as ferramentas teatrais que um dramaturgo tem”, disse. Uma obra de época que abre ao espectador a vida de Sören, com alguma ironia à mistura. O encenador salientou ainda a importância de “conhecer o outro lado do filósofo, o lado mais humano”. Um homem que na obra de Agustina é classificado como “um génio numa cidade de província”. Na realidade, apesar de ter estado fortemente ligado à filosofia, à teologia, à psicologia e à literatura, Sören Kierkegaard teve um único e grande amor, Regina Olsen, que conheceu aos 22 anos e por quem se apaixonou de imediato. Chegaram a ficar noivos, mas foi o próprio Sören quem acabou com o noivado, sem haver, até hoje, uma razão conhecida para tal decisão.

O cenário, marcado pela quase ausência de luz, contêm quatro prateleiras, com vários objectos de diferentes significados. “Representam ideias, o erotismo, a infância, objectos criados para estarem ali, enquanto o diálogo está a decorrer e que nada têm de realistas”, explicou Roberto Merino.

Agustina Bessa-Luís comemora o 86º aniversário a 15 de Outubro, pelo que, a partir desse dia e até ao final do mês, a Seiva Trupe promove uma homenagem à escritora portuense. Antes de cada exibição, serão lidos excertos das suas obras. Até ao momento, foram convidadas algumas figuras públicas do Porto, mas não há ainda confirmação.

O livro “Estados eróticos imediatos de Sören Kierkegaard”, lançado em 1992, é a primeira obra de Agustina Bessa-Luís que a companhia Seiva Trupe faz chegar ao teatro.

O professor Fernando Peixoto recomendaria, com certeza, este espectáculo Teatral a todos vocês..


P.S - quem tiver fotos do espectáculo que avise..

segunda-feira, outubro 13, 2008

"RE-PARTINDO..."

Andava a pesquisar na internet quando encontrei mais uma homenagem ao professor Fernando Peixoto. Existem bastantes blogs onde ele é falado, lembrado e homenageado, mas este chamou-me a atenção pela seguinte razão, dizia que este seria o último poema escrito pelo professor Fernando Peixoto.

« RE-PARTINDO... »

Sei que contigo vão partir
memórias de um tempo partilhado,
dias breves que hoje são passado
e podiam no entanto ser porvir.

Sei que levas na bagagem a lembrança
dos olhos nimbados de tristeza
mas também o brilho da bonança
que alimenta a tua natureza.

Mas se partes, apenas uma parte
vai contigo rasgando o mar e o vento:
que outra parte de ti já se reparte
na minha memória e pensamento.

24 de Agosto de 2008
© Fernando Peixoto


Miguel

sexta-feira, outubro 03, 2008

Para si... Amigo


Ainda agora partiu e já sentimos tanto a sua falta.
Ainda ontem falamos de si, o professor que tanto nos ensinou, não só História do Teatro, mas a ver o mundo com outros olhos. O amigo que sempre foi e SERÁ, que sempre esteve lá quando foi preciso e nos ajudou a vencer.
Muitas vezes nos rimos... Demos gargalhadas tão alto que as pessoas que passavam deviam-se perguntar o que é que se estaria a passar dentro daquela sala de aula. Eramos felizes ali dentro... Também tivemos os nossos momentos de angústia, de raiva, de tristeza. Mas ultrapassamos isso tudo e passado um bocado já nos estavamos a rir outra vez. É com um sorriso que o recordo. É com um sorriso que o levo no coração. É com um sorriso que o vou ter, meu amigo, para sempre na memória.
Adeus meu amigo. Adeus. Com uma lágriama a escorrer-me pela cara... Adeus

EM NOME DE TODOS AQUELES QUE TE AMAM, CADA UM À SUA MANEIRA

Miguel