Homenagem do "Cochilando nas Estrelas", aos versos do Poeta que sabe, com muita propriedade, a dor da Pátria a sangrar e a do irmão a sofrer.
Que a voz do Poeta não se cale
Que os olhos do Poeta não se fechem
Que os seus versos sejam a sirene
Que alerta toda a gente à sua volta
Que o poema seja o grito inconformado
Dos braços que se erguem na revolta
Contra os braços curvados e a cerviz
Submissa ao peso da opressão
Que o poema seja sempre vertical
Um relâmpago enorme em noite escura.
Que o Poema seja uma canção
E rasgue o medo em mil pedaços
Com versos de amor e de ternura
Espalhados por mil bocas e mil braços.
Que o Poeta seja mais que um ser humano
E que tanja a lira do seu canto
Elevando a Poesia até ao céu
E que entregue aos homens o seu Fogo
Assumindo o papel de Prometeu.
Quando o Poeta escreve por Amor
A palavra torna-se a armadura
Com que o Homem vence a própria dor
E destrói o vírus da amargura.
É louco, o Poeta? Deixem lá:
O mundo precisa da loucura.
Fernando Peixoto
Portugal
06.08.2007
(imagem colhida do site
Formatação de Emília Possídio
Sensibilizado, agradeço esta atenção da Amiga e poetisa Emília Possídio
Fernando Peixoto
2 comentários:
Que maravilha ter um pedacinho do "Cochilando nas Estrelas" nesse espaço tão especial!!!
Valeu, Fernando, sinto-me em sintonia com "A Loucura do Poeta".
Que esta bendita Loucura aliada à magia do Teatro, mantenham vivo entre os homens o anseio desse mundo que hoje, só a Loucura é capaz de sonhar...
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