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sábado, agosto 08, 2009

Morreu Raul Solnado...

Raul Solnado morreu este sábado aos 79 anos.


O actor estava internado no hospital Santa Maria e esta manhã, pelas 10h50m, foi confirmado o óbito.


Segundo informou o hospital, Solnado sucumbiu na sequência da evolução de um quadro clínico cardio-vascular grave, depois de ter sido operado à carótida, à três dias.


Raul Augusto Almeida Solnado, nasceu a 19 de Outubro de 1929, foi humorista, apresentador de televisão e actor.


Até à sua morte foi director da Casa do Artista, sociedade de apoio aos artistas situada em Carnide, Lisboa, que fundou juntamente com Armando Cortez, entre outros.


Solnado começou a trabalhar em 1947 no teatro amador, na Guilherme Cossul - uma colectividade que nunca esqueceu.


Em 1952 estreou-se «profissionalmente» num show no Maxime e a partir daí não mais parou: opereta, revista, teatro clássico, cinema, televisão. Fazendo rir e pensar.


No palco destacou-se como actor de mil faces, mas foi com as gargalhadas que Raul Solnado se tornou uma figura mítica do espectáculo.


Um génio do humor que conseguiu pôr Portugal a rir de uma guerra sem sentido (com famosa rábula «a guerra de 1908»), numa altura em que a guerra colonial era um assunto tabu. Gargalhadas que venceram uma guerra e que fizeram de Raul Solnado um recordista de vendas discográficas com um disco que nem canções tinha.


O êxito dos monólogos «a guerra de 1908» e «a história da minha vida» foi de tal maneira que superou as vendas de Amália Rodrigues.


Oito anos mais tarde, em 1969, com Carlos Cruz e Fialho Gouveia apresentou na RTP um programa inovador que se tornou um marco na programação televisiva: o «Zip-Zip». Na década de 60 criou de raiz e dirigiu o teatro Villaret.


Raul Solnado assinou assim um tipo de humor nunca visto em Portugal, um humor que esgotou bilheteiras nas principais salas de espectáculo.




O nosso aplauso de pé e um até sempre a um dos maiores actores portugueses.



1 comentário:

Branca disse...

Entro e saio em silêncio, fazendo coro com este aplauso de pé, sempre, desde as memórias da minha infância até ao meu último dia...