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segunda-feira, abril 07, 2008

História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar


Teatro Art’ Imagem

estreia a 18 Abril

História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar
de Luís Sepúlveda, com dramaturgia e encenação de Pedro Carvalho e Valdemar Santos.

Uma gaivota, vítima da poluição de uma maré negra, confia o seu pequeno ovo a um gato chamado Zorbas, pedindo-lhe para cumprir três promessas: não comer o ovo; cuidar dele até nascer a gaivotinha; e, por fim, ensiná-la a voar. Zorbas pede então ajuda a três amigos (Colonello, Sabetudo e Barlavento) para tentar levar a cabo a estranha missão de cuidar da gaivotinha. Depois de passarem por muitos perigos para cumprirem as duas primeiras promessas, eles têm que recorrer a alguém muito especial para os ajudar a cumprir a terceira (ensiná-la a voar !) mas, para isso, têm que quebrar o tabu dos gatos...

A “História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar”, que o Teatro Art’ Imagem leva agora a palco numa encenação em que contracenam marionetas e actores é, segundo o autor, um dos livros que mais trabalho lhe deu a escrever (dois anos) por ser uma história pensada também para as crianças, necessitando por isso de uma linguagem muito especial, directa e sem ambiguidades.

“Os meus livros não são uma forma de eu me explicar ao mundo, mas sim de partilhar com os leitores as minhas pequenas explicações do mundo com todas as suas contradições, bondade e maldade”
Sobre a encenação
Na plateia e como ante-câmara, uma instalação audiovisual remete-nos para o universo fantástico do mundo animal. Segue-se o prólogo trágico da peça numa curta metragem vídeo que invade o palco e faz fusão com uma coreografia de actores, vultos e sombras. Depois vem a história contada por marionetas construídas em polioretano flexível e que permitem uma manipulação directa numa estreita relação de cumplicidade com os actores que lhe dão vida.
A história desenrola-se numa cenografia móvel e em micro escala, onde as atmosferas sonoras e as nuances de luz e de sombras dão a plasticidade, o relevo e o “zoom” ao espectáculo.
Esta fábula ecológica e social escrita por Luís Sepúlveda representa também o regresso do Teatro Art' Imagem ao teatro de objectos, actores e formas animadas.

A história do gato e da gaivota é um espectáculo para todos os públicos e também para aqueles “que à beira do abismo perceberam que só voa quem se atreve a fazê-lo”.
Este magnífico texto do autor chileno Luís Sepúlveda será a 90ª criação do Teatro Art’ Imagem, companhia que mantém a aposta de escolher, de entre os três espectáculos que anualmente apresenta, a adaptação de grandes obras ou autores universais para os jovens públicos.

Refira-se, aliás, que os dois últimos espectáculos estreados pela companhia (“Fulgor e Morte de Joaquín Murieta” e “Cantata para o honorável bandido chileno Joaquín Murieta”) foram também de um autor chileno, o consagrado Nobel da Literatura Pablo Neruda.
Sobre o Autor
Luís Sepúlveda nasceu em Ovalle, no Chile, em 1949. Depois de viver entre Hamburgo e Paris, reside actualmente em Gijón, nas Astúrias, tendo sido um dos fundadores do “Salão do Livro Ibero-Americano”.
Membro activo da Unidade Popular chilena nos anos setenta, teve de abandonar o país após o golpe militar de Pinochet.
Viajou e trabalhou no Brasil, Uruguai, Paraguai e Perú. Viveu no Equador entre os índios Shuar, participando numa missão de estudo da UNESCO. Foi amigo de Chico Mendes, assassinado na defesa acérrima da Amazónia, ao qual dedicou o livro O Velho que Lia Romances de Amor (1989), o seu maior sucesso.
“ Perspicaz narrador de viagens e aventureiro nos confins do mundo, Luís Sepúlveda concilia com sucesso o gosto pela descrição de lugares sugestivos e paisagens irreais com o desejo de contar histórias sobre o homem, através da sua experiência, dos seus sonhos, das suas esperanças “.
Quase todos os seus livros estão traduzidos em português, nomeadamente, O Mundo do Fim do Mundo (1989), Encontro de Amor num País em Guerra (1997), Nome de Toureiro (1994), História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a Voar (1996), Patagónia Express (1996), Diário de um Killer Sentimental (1999), As Rosas de Atacama (2000), O General e o Juíz (2003), Uma História Suja (2004), O Poder dos Sonhos (2006) e Crónicas do Sul (2008)
Presença frequente em Portugal, Luís Sepúlveda é um dos escritores sul-americanos mais lido no nosso país.
Ficha artística
de Luís Sepúlveda - tradução Pedro Tamen - dramaturgia e encenação de Pedro Carvalho e Valdemar Santos
interpretação e manipulação - Anabela Nóbrega, Flávio Hamilton, Pedro Carvalho, Valdemar Santos
concepção plástica Sandra Neves - sonoplastia Carlos Adolfo - vídeo Paulo Martins - execução plástica Sandra Neves, Joana Caetano, Manuela Carneiro - execução cenográfica José Lopes - operação técnica Ricardo Santos

Este espectáculo estreia a 18 de abril, sexta-feira, às 21:30 no auditório da Quinta da Caverneira, em Águas Santas, Maia. tendo mais duas representações: dia 19, sábado, às 21:30 e dia 20, domingo às 16:00.
O preço do bilhete é de 5 € ou 3 € (m/ 25 e M/65). Inf: 22 208 40 14 ou 96 020 88 19
Ensaio de imprensa
Desde já o convidamos a assistir ao ensaio de imprensa no dia 15 de Abril (terça), às 15:00 no auditório da Quinta da Caverneira, na Avenida do Pastor Joaquim Eduardo Machado, Águas Santas, Maia).
Localização: perto da Escola Secundária de Águas Santas. sentido Alto da Maia-Areosa, Rua D. Afonso Henriques, virar à direita para Rua João XXIII (Banco BPI na esquina) e depois virar na 1ª à direita (rua de sentido único que termina em frente ao portão principal da Quinta).

2 comentários:

Branca disse...

Agradeço a informação, o resumo da história e os conhecimentos transmitidos sobre Luís Sepúlveda.
Aprende-se sempre muito neste blog.
Quanto à peça vou tomar nota dos dias de exibição e tentar ver, até porque se trata de uma Companhia que admiro há muitos anos, quase desde a sua criação, altura em que creio tinha os tais teatrinhos de animação que frequentei algumas vezes com o filho mais velho.
Bem hajam.
Um abraço amigo

Anónimo disse...

eu queria saber das personagens a sua historia durante a obra seria possivel disponibilizares isso aí?????????