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quinta-feira, dezembro 04, 2008

Agayola, Absurda Comédia - Alfredo Correia


“AGAYOLA” é um espectáculo de Teatro, que o autor diz ser, uma absurda comédia!
O encenador, talvez por desconhecer este género de escrita, entendeu, que os personagens deviam ter cabeças absurdamente cerebrais, argamassadas de artifícios, envolvidas por cabelos de penteados colantes por onde o texto sai, ora esquisito ora palermóide, o que, ao serem expelidos, os espectadores sintam o odor saboneteiro, provocando um ataque de riso, - do chamado nojo de três dias - ou, fazê-los andar por aí a apitar finais avisos de correio azul, o que, diga-se de passagem na passadeira, que nem o Senhor da última cena, gostará que tal aconteça, pois como se sabe, pode até levar à paralisia do aparelho farlapiante.
Para o treinas-encena, é francamente positivo, para os intérpretes, é um exercício excelente, e para o autor, é um sofrimento quando sabe do corte - e - cose, o que, pode até fazê-lo recorrer à caixa de ponto que não temos, e daí, apresentar queixa, à sade social clubística dos autores absurdos.
Ora, Teatro com fregueses não é notícia ! Notícia é quando nas plateias, há menos espectadores que intérpretes.
Valha, nestas situações, os santos que vão a todas e os colegas de carteira, para que assim possa acontecer Teatro nas tábuas de um palco
Por falar em tábuas, recordo, que a indústria do plástico se tem desenvolvido de forma assustadora, o que, originou quase o colapso da madeira por causa do caruncho provocado pelos bichos- carpinteiros, e por isso, já não se fazem gaiolas em condições, como as de antigamente.
Perderam-se muitos ofícios correlativos, e não há cursos de formação de artífices cuja especialidade, é o trabalho manual.
Por isso, o Costa, que diz ser de Gaia mas não é gaioleiro, não dar saída aos impostos pedidos, que os Jotas lhe ordenam, mesmo com os ordenados em atraso, a fazer gaiolas uma atrás da outra.
Porém, com uma disciplinar justiça, o Costa, afirma que só tem duas mãos, o que é verdade, pois podemos testemunhar que não é maneta.
Tem duas mãos, que por sinal se tornam maneirinhas, quando dá um banho de sabão... e mais não posso contar, por causa dos direitos de opção.
Apenas vos posso dizer, e à sucapa do autor, que o Reinaldo é namorado da Rosinha, que os Jotas são os pais da Rosa, que Dª. Amélia é avó da Rosa Maria, que a Rosa tem uma passarinha na gaiola, que a gaiola desapareceu, e ainda, que o Costa é criado para todo o serviço.
No final aparece um Senhor que nem o autor sabe quem é.


ELENCO:

JOSÉ PINTO GOMES /OLÍVIA MARTINS /IRENE MAGALHÃES /LOURDES COSTA /CESÁRIO COSTA /ADRIANO FERNANDES

Participação Especial ANTÓNIO PEIXOTO
Operadora de Som - Mariana Correia
Montagem e Operação de Luz - Tiago Marques
Postiços - Beatriz Ferreira e David Ferreira
Adereços e Guarda Roupa - da Companhia
Carpintaria de Cena - António Peixoto
Montagem da Sonoplastia - Filipe Luciano
Espaço Cénico, Desenho de Som , Luz e Encenação - Alfredo Correia

Produção da Companhia Teatral de Ramalde, da Associação 26 de Janeiro - Fevereiro de 2009

2 comentários:

José Manuel A. Couto disse...

Esta noite é Natal. Tenho acesa em mim a imagem de Fernando Peixoto. Não consigo desligar-me dela. Talvez ele seja, hoje,mais uma estrela da eterna constelação que guia nossos dias.
Fernando, choro de comoção pela tua ausência física, presença espiritual.
Todas as segundas-feiras espreito para o café onde tantas vezes partilhámos um dedo de conversa. mas não estás lá. Custa a acreditar, Fernando. Como a vida é breve e nós tão pouco solidários.

A ti e à tiua família, que chora sauidosamente a tua partida antecipada, um abraço do tamanho do universo. É Natal. Que o Menino Deus te acolha na sua Ceia. Que os Homens são tão injustos...
JMCouto

Quita disse...

Ah quem me dera estar em palco e não na plateia... quem me dera respirar o pó das tábuas de um tablado e perder-me pelas coxias de um bom teatro! Quem me dera!

Merda para vocês! Que Dionísio esteja convosco sempre!

Bjo grande e SUCESSO!