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terça-feira, agosto 14, 2007

Amador ou Profissional? Eis a questão!


Por Paulo Sacaldassy - 05/08/2007

Na maioria das vezes, as pessoas são apresentadas ao teatro ainda na escola. Muitos nem se dão contam que um dia podem se tornar atores ou atrizes de sucesso. A aula, regada a uma peça de teatro, acaba sendo uma grande “brincadeira”, mesmo que o exercício seja levado a sério, pois alguns mais tímidos e outros nem tanto, usam a apresentação para se provocarem durante o ano.
Passada essa fase escolar, onde se é apresentado ao teatro sem compromisso algum, sempre tem alguém no grupo que leva aquela “brincadeira” um pouco mais a sério, e resolve procurar um grupo de teatro de verdade, pois sua alma foi tocada pelo bichinho do teatro.
São muitos os grupos que de uma maneira amadora conseguem fazer teatro de uma forma competente, mesmo com todas as dificuldades inerentes ao teatro, como a falta de espaço para ensaios, a falta de verba e as dificuldades de espaços para apresentação. Muitos são de muito bom nível, e são deles, que saem quase sempre, os atores e atrizes que chegarão a televisão.
Quando se está em um grupo amador, onde se faz teatro por amor e não se ganha nada por isso, tem-se a chance de aprender de verdade e na prática, as dificuldades de se fazer teatro em nosso país. Muitos optam por essa vida de teatro amador por toda a sua existência, mas outros, querem fazer desta arte o seu meio de subsistência, e é aí que depara-se com um grande dilema. Fazer teatro de uma forma amadora apenas para alimentar a alma artística ou partir de vez para uma carreira profissional e enfrentar todas as suas dificuldades?
Muitos jovens que atuam em grupos amadores, e vêem outros jovens fazendo sucesso na televisão, querem também fazer parte deste mundo, o quanto antes, melhor, e isso não é de hoje, pois, quem gosta de teatro de verdade, vive ou viveu um dia esse dilema. Mas quase sempre, o peso das responsabilidades, acaba interrompendo carreiras brilhantes, e muitas vezes, o teatro deixa de conhecer talentos que, ou não tiveram, a coragem suficiente para enfrentar as dificuldades, ou optaram por não correr riscos, e continuar apenas o seu teatro de forma amadora.
Acho que não se pode condenar, nem um, nem outro, cada qual deve escolher para a sua vida o que realmente quer no momento em que vive, as vezes, não á a hora de embarcar em uma aventura, e se jogar no mundo do teatro de uma forma desesperada, pois corre-se o risco de vender a alma ao diabo, e se perder na essência de sua alma de artista. As vezes é melhor trabalhar com o teatro amadorísticamente, mas consciente de estar preparado, para na oportunidade certa, encarar o desafio de viver profissionalmente do teatro.
A escolha é difícil, ainda mais quando se é jovem, por isso, não há a necessidade de precipitação, pois a história mostra que o teatro está cheio de atores e atrizes que tinham uma outra profissão, e no momento certo, deixaram o amadorismo para serem profissionais do teatro. E na maioria das vezes, com muito sucesso.


Paulo Sacaldassy, contabilista, dramaturgo, roteirista, poeta e letrista. Mantenho um blog chamado "poucas palavras" onde posto minhas poesias e alguns artigos. E agora, Colunista do site Oficina de Teatro.



1 comentário:

Anónimo disse...

SOMOS AMADORES E A ÚNICA COISA QUE ME INCOMODA É O FATO DOS PROFISSIONAIS NÃO RESPEITAREM NOSSO TRABALHO. ESSES DIAS FIZ UM WORK COM ANTONIO ROGERIO TOSCANO, DRAMATURGO E NEWTON MORENO. SÓASSIM FIQUEI TRANQUILA EM CONTINUAR. ELES PASSARAM MUITA SEGURANÇA PARA QUEM ESTAVA COMO EU QUERENDO DESISTIR POR ME SENTIR INCAPAZ DE FAZER PARTE DESSE UNIVERSO QUE É O TEATRO. SÓ QUERO FAZER ALGO PELA MIHA COMUNIDADE, NÃO QUERO TIRAR NADA DE NINGUÉM. ENVIO MEU HISTÓRICO DO GRUPO VITAL
E VAMOS FAZER PARTE DA MUDANÇA DO SER HUMANO SE FOR DANÇA, MARAVILHA, SE MÚSICA QUE DELICIA E SE FOR ATRAVÉS DO TEATRO QUE BELEZA!!! VAMOS GENTE! VAMOS FAZER ALGO.

SILVIO GALLICHO, 366 – J. YPÊ - C. LIMPO – CEP 05797-440 – SÃO PAULO – SP F: 5824-1140 – 8838-1816 bethgvital@ibest.com.br



HISTÓRICO


O Grupo Vital nasceu em 26 de novembro de 1990 pela preocupação de sua fundadora Elisabeth com os jovens da periferia da Zona Sul de São Paulo. Sua filha tinha como costume reunir amigos no quintal de casa aos finais de semana para ouvir músicas. Com o passar do tempo Elisabeth foi percebendo que aquele grupo de jovens aos poucos desapareciam.
Perguntado o porquê sua filha relatava... Aquele foi preso, o outro morreu trocando tiro com a polícia, a outra engravidou e saiu até da escola e assim por diante. Elisabeth falou mal dos governantes, os Pais,não poupou nem mesmo Deus e de repente pensou de que adianta, vou é fazer alguma coisa pra mudar se não o mundo, pelo menos parte dele.
Assim surgiu o Grupo Vital. Aproveitando alguns textos que desde os 16 anos ela escrevia, transformou em peças teatrais e começou a apresentar ali mesmo na laje de sua residência. O trabalho fluiu e começamos a apresentar em casas de cultura, hospitais, escolas, teatros, céus, ciejas, bares, praças, bibliotecas, festas de rua, enfim, todos os locais que somos convidados.
Em 2005 participamos do festival de teatro Semearte e tivemos premiações de atriz revelação e duas indicações de melhor atriz.
Em 2006 participando do FESTCAL DE Campo Limpo, tivemos premiação de ator coadjuvante, duas indicações de melhor atriz, cenário, coreografo. Ganhamos também certificado de honra ao conjunto de obras e participação no festival.
Não temos patrocínio e nenhum tipo de ajuda, porém o Grupo Vital sobrevive aos trancos e missas. O teatro é apenas conseqüência do nosso trabalho que vai muito além. Nosso objetivo é formar seres humanos melhores.
Mostrar aos jovens que ele tudo pode, que ele tem o livre arbítrio de escolher seu destino, que a cultura é a porta escancarada para seu desenvolvimento e evolução.
FELIZ DE QUEM PODE APLAUDIR A ARTE POSITIVA DO SEU SEMELHANTE NO PALCO E NÃO CHORAR A ARTE NEGATIVA DESSE... FORA DELE

ELISABETH SANTOS DE CARVALHO
Fundadora do GRUPO VITAL