O Arquitecto e o Imperador da Assíria é uma peça de teatro do escritor espanhol Fernando Arrabal, autor do teatro e criador do movimento pânico, com o autor chileno Alejandro Jorodowsky. De passagem pela nossa cidade nestes últimos dias o Dr. Markos Rosskoff, conhecido Patafísico e amigo pessoal de Arrabal, lembrou alguns excertos deste texto… logicamente alterados patafisicamente no essencial do diálogo entre o Arquitecto e o Imperador
Arquitecto: (para o imperador) Gostas da nossa nova avenida?
O Imperador: (radiante) A nossa avenida e bela!
(ambos cantam em uníssono a canção A nossa avenida é bela)
Canção: (pode ser acompanhada com musica brechtiana)
“A nossa avenida é bela… é bela … é bela
É bela a nossa avenida… avenida … avenida
É nossa … é nossa … é nossa”
O Imperador: Não falta nenhuma pedra?
O Arquitecto: Não tudo está no seu sítio!
O Imperador: E a floresta?
O Arquitecto: As árvores não deixam ver a floresta!
O Imperador: (canta só)
Canção (pode ser acompanhada pelo silencio, só pelo silencio)
“A nossa floresta é bela…
É bela a nossa floresta…
É nossa… é nossa”
O Arquitecto: E o espelho de aguas?
O Imperador: A fonte!
O Arquitecto: (sábio) Tantas vezes vai o cântaro à fonte que…
O Imperador: (pegando numa cadeira pressa à chão) E estas cadeiras que lembram o circo?
O Arquitecto: (sábio) Para ver a palhaçada!
O Imperador: (assinalando com o dedo a distancia) E aquelas árvores em macetas!
Arquitecto: (sábio e displicente) Miragens de Madrid ou do Prado!
O Imperador: (sardónico) E o cavalo gira ou não gira?
Arquitecto: (fod…) Claro que gira carago! Estou farto dessa conversa, isso deveria ter sido em 2001!
O Imperador: Como assim?
Arquitecto: Vamos pólo numa base giratória e com uma ventoinha no rabo assim gira para um lado e para o outro!
(pausa dramática)
O Imperador: (pensativo) Ontem Tive um sonho…sonhei que era reeleito com maioria mais que absoluta!
O Arquitecto: (ri) Mas a sua excelência não precisa de maiorias, sois IMPERADOR!
O Imperador: (ri) é verdade, deve ter sido um pesadelo!
O Arquitecto: (pensativo) ontem tive um sonho… sonhava com uma cidade de pedra, toda ela de pedra, com avenidas de pedras, casas de pedra, árvores de pedra, rios de pedras, pássaros de pedras e fogo, fogo incendiando-se, de pedra…! Um sonho pós-moderno neolítico!
O Imperador: Que belo sonho!
O Arquitecto: (triste e pensativo) Mas acordei…!
…
(caem do céu pedras e árvores, que acabam por soterrar ambas figuras, no fim ainda se ouve a primeira canção “ A nossa avenida é bela”)
O Imperador: (radiante) A nossa avenida e bela!
(ambos cantam em uníssono a canção A nossa avenida é bela)
Canção: (pode ser acompanhada com musica brechtiana)
“A nossa avenida é bela… é bela … é bela
É bela a nossa avenida… avenida … avenida
É nossa … é nossa … é nossa”
O Imperador: Não falta nenhuma pedra?
O Arquitecto: Não tudo está no seu sítio!
O Imperador: E a floresta?
O Arquitecto: As árvores não deixam ver a floresta!
O Imperador: (canta só)
Canção (pode ser acompanhada pelo silencio, só pelo silencio)
“A nossa floresta é bela…
É bela a nossa floresta…
É nossa… é nossa”
O Arquitecto: E o espelho de aguas?
O Imperador: A fonte!
O Arquitecto: (sábio) Tantas vezes vai o cântaro à fonte que…
O Imperador: (pegando numa cadeira pressa à chão) E estas cadeiras que lembram o circo?
O Arquitecto: (sábio) Para ver a palhaçada!
O Imperador: (assinalando com o dedo a distancia) E aquelas árvores em macetas!
Arquitecto: (sábio e displicente) Miragens de Madrid ou do Prado!
O Imperador: (sardónico) E o cavalo gira ou não gira?
Arquitecto: (fod…) Claro que gira carago! Estou farto dessa conversa, isso deveria ter sido em 2001!
O Imperador: Como assim?
Arquitecto: Vamos pólo numa base giratória e com uma ventoinha no rabo assim gira para um lado e para o outro!
(pausa dramática)
O Imperador: (pensativo) Ontem Tive um sonho…sonhei que era reeleito com maioria mais que absoluta!
O Arquitecto: (ri) Mas a sua excelência não precisa de maiorias, sois IMPERADOR!
O Imperador: (ri) é verdade, deve ter sido um pesadelo!
O Arquitecto: (pensativo) ontem tive um sonho… sonhava com uma cidade de pedra, toda ela de pedra, com avenidas de pedras, casas de pedra, árvores de pedra, rios de pedras, pássaros de pedras e fogo, fogo incendiando-se, de pedra…! Um sonho pós-moderno neolítico!
O Imperador: Que belo sonho!
O Arquitecto: (triste e pensativo) Mas acordei…!
…
(caem do céu pedras e árvores, que acabam por soterrar ambas figuras, no fim ainda se ouve a primeira canção “ A nossa avenida é bela”)
2 comentários:
Best regards from NY!
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